sábado, 24 de abril de 2010

Coleta seletiva reduz produção do lixo

Governo, ambientalistas. Todos concordam num ponto: toda pessoa deve fazer a sua parte - o processo de reciclagem e diminuição do dejetos deve começar em cada casa, em cada trabalho. "Cada um deve fazer o possível para reduzir a produção de lixo", afirma Bertrand Sampaio de Alencar, da Associação Pernambucana de Defesa da Natureza (Aspan).

"A população deve sair da inércia", conclama o diretor de Limpeza Urbana do Recife, Carlos Muniz. "Antigamente, tudo havia em abundância. Hoje já não é mais assim". A lógica é simples: como o lixo não pode ser abolido, deve-se tentar a melhor forma de lidar com ele.

Você está disposto a entrar nesta luta? Se sim, o primeiro passo é tentar consumir menos. "Para que tanta embalagem? Para que, por exemplo, a caixa da pasta de dente?", questiona Bertrand Sampaio. Em se consumindo e gerando lixo, a hora é de separar estes dejetos entre os reciclavéis e não-recicláveis. Na primeira categoria, o correto é separar o material entre papel, plástico, vidro e metal.

Dividido, é esperar o caminhão da coleta seletiva passar pelo bairro. "O ideal é que o lixo potencialmente reciclável não vá para o lixão", ensina o engenheiro Paulo Padilha, responsável pelo tratamento do chorume no Lixão da Muribeca. "A solução está na origem e não no destino final", corrobora Bertrand Sampaio. Você também pode jogar o material coletado em Postos de Entrega Voluntária ou até entregar a um catador.

Casal de catadores anda quase 22 km por dia atrás de dejetos

A Prefeitura do Recife calcula a existência de cerca de 5 mil catadores espalhados pela cidade, entre fixos e esporádicos - "Tem muitos que aproveitam um show para catar lata", exemplifica o diretor da Emlurb. Entre os considerados fixos estão pessoas como Aluísio Godoy de Almeida, 47, e a esposa dele, Severina Carlota, 37 anos. Há quase duas décadas, o casal caminha, empurrando uma carroça, mais de 22 km por dia recolhendo lixo diante dos edifícios de Boa Viagem. "A gente pensa em sair dessa vida. Mas pensar não melhora a situação, porque emprego não tem", diz, Severina, em tom resignado.

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